Estudantes da Etec Basilides, em São Paulo, protestam contra risco no corte da alimentação
Os alunos da Etec Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo, protestam contra o risco de corte de merenda para os matriculados. Além disso, eles mostram a necessidade de reformas nas edificações e solicitam a contratação de mais professores, alegando intensa rotatividade. No local, muitos estudantes fazem o curso técnico e o ensino médico juntos. Uma das organizadoras da mobilização, realizada junto com a União Municipal dos Estudantes Secundaristas, indica que a situação está difícil para quem pretende estudar. “O nosso problema maior é que a gente precisa lutar para que todos os estudantes tenham direito a se alimentar na escola, tanto almoço, quanto jantar, por ter os três períodos. Só estudantes de período integral podem se alimentar por enquanto, mas a gente conseguiu uma via de comunicação com o Centro Paula Souza e eles nos falaram que as licitações já estão encaminhadas, obras também para ter cozinha nas escolas, em todos Etecs, essa é a meta para que a comida seja fornecida para todos os alunos.
A mãe da aluna, turismóloga Isabela Cristina Sanches, disse que por quase dois anos a menina fez o curso de forma online, durante a pandemia. No entanto, após a volta presencial as condições não são adequadas. “Faltando água. Segunda e terça-feira não teve água na escola, então não tem almoço. O aluno que não traz, como fica? Muitos pais, em grupos que temos, não têm condição de ficar comprando alimentação. E aí a escola não proporciona isso, como faz? A Escola Basilides Godoy não tem uma cozinha própria, teria que ter para servir as refeições. Então é muita coisa que a gente tem que olhar, parar, repensar se vai continuar sem educação no Brasil.” Os alunos denunciam que a parte estrutural da ideia apresenta uma série de problemas. Uma aula chegou a ser suspensa porque choveu dentro da classe. Uma estudante do curso de desenvolvimento de sistemas disse que o cronograma do ano letivo é prejudicado pelos problemas.
“Acaba chovendo dentro das salas de aula, nos corredores, o que prejudica muito e até a gente fica sem aula, por causa disso. Já aconteceu esse ano algumas vezes de termos dois dias sem aula por causa das chuvas que foram muito fortes”, afirmou à Jovem Pan News. O Centro Paula Souza, responsável pela administração das Etecs, afirmou que há um processo para contratação de professores temporários. A instituição ressalta que está tomando as medidas necessárias para que todas unidades de ensino sejam equipadas para oferecer refeições. Das 224 unidades, 75% servem almoço e jantar para todos os alunos. Para os 25% restantes, há uma licitação com objetivo de contratar uma empresa para fornecimento de alimentação completa aos matriculados. A previsão é que todas as escolas forneçam refeição aos alunos no segundo semestre deste ano.
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