PM admite falta de pessoal para policiamento ostensivo no Centro Histórico de Porto Seguro
Depois que um incêndio criminoso, na última quinta-feira (02), atingiu a vegetação nas escadarias do Centro Histórico de Porto Seguro, moradores relataram que o local está abandonado e sem policiamento ostensivo, ou mesmo a proteção da Guarda Municipal. Segundo empresários do ramo hoteleiro instalados nas imediações, os usuários de crack se concentram nas escadarias, onde acendem pequenas fogueiras e o fogo termina se alastrando, podendo provocar maiores estragos.
Em entrevista, o comandante do 8º Batalhão da PM em Porto Seguro, coronel Serpa, garantiu que “tanto no Centro Histórico quanto em qualquer outro local público a Polícia Militar realiza rondas preventivas diuturnamente, inclusive com abordagens e deslocamento das viaturas”, no entanto, explicou que não tem policiamento ostensivo “nem no Centro Histórico nem em nenhum outro local de Porto Seguro, por absoluta falta de efetivo humano”.
Disse ainda que “segurança não se faz apenas com policiamento militar, porque este é para a prevenção”. O comandante relatou que já houve reuniões com lideranças hoteleiras e comunitárias do Centro Histórico de Porto Seguro, quando ele explicou a dificuldade em ter policiais parados em determinados locais.
O coronel Serpa sugeriu que além do trabalho preventivo da PM houvesse uma ação conjunta de outros órgãos dos poderes públicos, devido à importância do acervo histórico que se encontra no local e a presença de milhares de turistas, todos os anos. “Áreas públicas, parques e jardins, monumentos históricos precisam da intervenção de outros órgãos além da PM”, reiterou.
“A população tem razão em pedir policiais a pé em toda a cidade, em querer a polícia por perto, mas nós não temos pessoal para atender a esta demanda. Em períodos festivos como Carnaval, Semana Santa, Natal e outros, costuma-se pedir o policiamento ostensivo extraordinário, através de horas extras que são autorizadas pelo comando geral em Salvador”.
O comandante sugeriu que moradores continuem utilizando o 190 para relatar ocorrências.
Por | Radar64
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