Mulher teme rol taxativo porque filho usa oxigênio 24 horas por dia
Driele conta que Isaac tem ainda outros processos – um de TheraSuit, o chamado Método TheraSuit, uma fisioterapia intensiva que utiliza uma órtese dinâmica, constituída por uma espécie de colete e cordas elásticas antialérgicas ajustadas de acordo com as necessidades do paciente) e outro de canabidiol. “Nestes, o convênio ainda não se manifestou.”
SUS, questões financeiras e desconhecimento da realidade
A dona de casa lembra que ir para o Sistema Único de Saúde (SUS) não é a saída nem a soluçção: “Sabemos que para conseguir acesso pelo SUS não é algo tão fácil e simples. Sem falar que, com a mudança do rol taxativo, ele vai ficar sobrecarregado. Então, é muito preocupante”.
Para Driele, a sensação é que em breve o juiz aceite o pedido do convênio “e não teremos mais nada. Sem oxigênio para levar o Isaac para a fisioterapia, ao médico, para tirá-lo de casa. E que ele não tenha mais fisioterapia respiratória, fundamental para uma criança que tem diagnóstico de broncodisplasia pulmonar. É um sentimento de tristeza e revolta”.
Insegurança, incerteza e medo
Para Driele, o resultado da votação é desumano: “Na hora da votação, as justificativas são inaceitáveis. Só posso dizer que eles não têm contato com a realidade, não sabem como é cuidar de uma criança especial, quanto de despesa ela gera e quanto tratamento precisa para sobreviver. Não existe empatia. Independendentemente de terem que cumprir algo, de não poderem tratar com a questão emocional, precisam ver o que essas crianças necessitam para viver. Elas não são simplesmente números e valores. A vida não vem em primerio lugar?”, questiona.
Sentindo-se de mãos atadas, Driele reforça: “E o mais triste é sermos pequenos. Não temos força para lutar contra isso. Somos números, eles decidem e quem fica com as consequências são os pais de crianças especiais. É muito difícil ver a criança precisar do tratamento e sentir que a qualquer momento ela não vai ter. Tristeza profunda”.
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