Tragédia da Cavalo Marinho: familiares e sobreviventes fazem passeata para cobrar justiça
Sobreviventes e familiares das vítimas da tragédia de Mar Grande fizeram, nesta quarta-feira (24), um protesto, em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), para cobrar celeridade da Justiça no julgamento do caso. Em 2017, 19 pessoas morreram no naufrágio da lancha Cavalo Marinho I e, desde então, sobreviventes e familiares esperam indenizações.
O grupo de reuniu na Praça do Riachinho e seguiu até o terminal de onde partiu a lancha Cavalo Marinho I. Flores foram jogadas no mar em homenagem às vítimas.
A passeata dos familiares, amigos e sobreviventes, muitos chorando, foi feita em silêncio, somente com músicas religiosas de fundo. Foram 19 mortos e 54 feridos, mas até o momento ninguém foi responsabilizado pelo crime, nenhuma das ações foi julgada e ninguém foi indenizado.
“Cinco anos e não resolve nada. As famílias estão passando dificuldades. Ano passado tivemos audiência de conciliação e o advogado teve a coragem de dizer que eles pagariam 5 mil em um celular para sobrevivente e 7 mil para quem morreu. Quem não aceitasse não iria receber nada”, relatou Jucimeire Santana, que sobreviveu ao acidente, em entrevista para a TV Bahia.
Quem lembra do acidente é o socorrista Jaeliton Batista: “Uma mulher que estava na estação avistou que a embarcação que ela pegaria havia naufragado, ela estava bastante nervosa e ligou para a gente socorrer. O dia está na memória e não vai apagar”, disse.
O processo criminal já foi concluído, mas é necessário a decisão do juiz para indenizações, mas a decisão ainda não foi anunciada e não tem data prevista para acontecer. O Ministério Público da Bahia informou que ofereceu denúncia contra o marinheiro Osvaldo Coelho Barreto e o empresário Lívio Garcia Galvão Júnior no dia 26 de setembro de 2017. Eles foram denunciados por homicídio culposo e lesão culposa.
No Comment! Be the first one.