Twitter ‘desliga’ site que exibia tuítes deletados por políticos
O Twitter tirou do ar um serviço que exibi os tuítes publicados por políticos e depois apagados. O Politwoops era mantido desde 2012 pela Sunlight Foundation, uma ONG sem vínculos com nenhum partido e focada em criar ferramentas de análise de dados. O site foi desligado nesta quarta-feira (3).
“É profundamente desapontador ver o Twitter matar um projeto que haviam apoiado desde 2012”, afirmou Christopher Gates, presidente da Sunlight Foundation, em comunicado. O site listava automaticamente as mensagens deletadas por homens públicos.
Isso só era possível porque o serviço rodava sobre uma interface de programação liberada pela próprio Twitter. Chamadas de APIs, essas ferramentas são desenvolvidas por empresas de tecnologia para permitir que desenvolvedores construam outras ferramentas a partir da base de dados.
Segundo Gates, essa conexão entre do Politwoops com o Twitter foi encerrada há três semanas, mas o microblog informou o motivo da interrupção apenas na quarta. Em resposta, o Twitter informou ao site “Gawker” que a decisão foi tomada para satisfazer as pessoas que usam a rede social. “Honrar a expectativa de privacidade para todas as contas é uma prioridade para nós, seja o usuário um anônimo ou um membro do Congresso”, informou a rede social.
“Quando lançamos o Politwoops três anos atrás, nosso objetivo era criar responsabilidade e um registro público de mensagens de oficiais eleitos e candidatos a presidente, vice-presidente, membros do congresso e a governador publicadas na rede social, particularmente os posicionamentos que eles deletavam”, afirmou Gates. Para ele, o que essas pessoas dizem é matéria de “registro público” e “o Twitter é uma crescente parte de como nossos oficiais eleitos se comunicam com o público”
Gates afirma que, 2012, poucos dias após lançar o Politwoops, a Sunlight foi procurada pelo Twitter. Para a rede social, o serviço violava seus termos de serviço para aplicações criadas a partir de seus dados. A solução foi criar uma curadoria, uma “camada de julgamento jornalístico com a benção do Twitter”, para o site continuar no ar.
“Infelizmente, a decisão do Twitter de desplugar o Politwoops é um lembrete de como a internet não é verdadeiramente uma praça pública”, lamenta.
Por | G1
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